Resenha - Segunda Dose

Este é um romance cativante e dinâmico, que nos faz querer ler cada vez mais à medida que vencemos as primeiras páginas. Livro de estreia de Kelvim Vargas Inácio, Segunda Dose é uma narrativa sobre relacionamentos. Uma história de amor, dúvidas, traição e álcool. Trata-se de um triângulo amoroso vivenciado por um homem e duas mulheres. O personagem principal, Renato Duarte, é o subchefe do setor de Recursos Humanos de uma exportadora de móveis localizada na Cidade de Porto Alegre/RS. Divorciado há alguns anos, apaixona-se abruptamente por Júlia, sua mais nova assessora. Porém, ao ser duramente rejeitado por esta, acaba se aproximando de outra mulher. O romance nos faz sentir na pele as dúvidas enfrentadas por Renato, trazendo à tona sentimentos vivenciados clandestinamente pela maioria das pessoas. Basta ter vivido um relacionamento para identificar-se com os personagens, que, em suas características tão diferentes e acentuadas, são os responsáveis diretos pelo desfecho envolvente desta obra. 

Eu realmente não sou muito fã de literatura brasileira, pois pelos poucos que li (tirando grandes obras, claro), fiquei bastante decepcionado. Mas aí veio outra chance, e decidi aproveitá-la, e por fim, posso afirmar com toda certeza: não me arrependo da leitura de Segunda Dose, escrito por Kelvim Vargas Inácio.

O livro conta a história de Renato, um homem divorciado com uma ótima carreira profissional, que tem como principal prazer a bebida, coisa que não passa um dia sem. Enquanto faz entrevistas com as candidatas para trabalhar na empresa , Renato conhece Júlia, uma linda e inteligente mulher, que ele acaba contratando, que mexe intensamente com seus sentimentos.

No decorrer dos seus dias na empresa, Júlia se encontra com Renato várias vezes, até que em um determinado dia, Renato decide se declarar para a mulher que alimenta uma paixão, mas em troca recebe um não como resposta. Antes fosse que Júlia continuasse na mesma, mas algo começa a despertar dentro dela.

E como nada é tão fácil assim, o “pobre” Renato é atropelado no meio da rua por Camila, que da uma grande assistência a ele e passa a noite no hospital, e durante essas suas conversas eles acabam se... apaixonando, mas Renato está em busca do amor de outra, não? Júlia ou Camila? Qual das duas ele ama realmente? Qual das bebidas ele deve beber uma dose? A primeira, ou a segunda?

Bem, como disse logo no primeiro parágrafo da resenha, não sou muito fã de literatura brasileira, mas o Kelvim escreveu esse livro de uma bem enxuta, bem rápida, bem gostosa, assim dizendo, que em nenhum momento, pelo menos para mim, se torna cansativa.

Renato e os outros personagens foram bem desenvolvidos. A história também é bem legal, e a mensagem que o autor passa na leitura também é ótima... Algo de ruim tem que acontecer para virem coisas melhores! Recomendo livro para os que apreciam uma leitura rápida, fácil e divertida.  

Narração: 4/5 – Em terceira pessoa.

Descrição: 5/5 – Ótimo, locais e personagens bem descritos, sem muita baboseira a ser contada e nada em excesso.

Revisão: 4/5 – Só poucos erros.

Diagramação: 4/5 – A letra tem um tamanho agradável, mas o que me incomodou foi a cor branca da página... Não sou nem um pouco fã haha.

Capa: 4/5 – A capa combina bastante com a narrativa, além de ser bonita, também. 

     Por Pedro Leão