segunda-feira, 5 de maio de 2014

[MOVIE] - Divergente



Baseado no Best-Seller mundial de mesmo nome, “Divergente” se passa em uma Chicago futurística, onde a sociedade é dividida em espécies de “castas” (chamadas de facções na história). Ao completarem 16 anos, os jovens tem que escolher entre uma das cinco facções, que são elas: Abnegação, que cuida dos mais velhos, crianças e necessitados; Amizade, que são os agricultores; Erudição, que são os advogados; Audácia, que são responsáveis pelo policiamento do sistema; e a Franqueza, que são os pensadores. 

E é nesse mundo que Beatrice (Tris) tem que viver e conviver em conflitos ao descobrir que é uma Divergente, ou seja, que tem a aptidão para mais de uma facção, algo raro nesta sociedade, uma vez que cada pessoa possui apenas uma característica de facção predominante. 



 OBS: Antes de qualquer coisa, gostaria de lhes dizer que esta crítica foi feita focando única e exclusivamente no filme, uma vez que o autor dela não leu o livro. 

Comparar a obra de Veronica Roth (escritora) e de Neil Burguer (diretor) com “Jogos Vorazes” é algo quase que inevitável, uma vez que ambas tenham o ideário de distopia em comum, ou seja, uma sociedade dominada pelo totalitarismo e que, ao decorrer do romance, encontra-se um grupo de resistência. 

Mas a modelagem de ambas as sociedades são diferentes, e no caso de “Divergente” o sistema consegue mascarar melhor a ideologia, uma vez que seus cidadãos podem escolher a que casta desejam pertencer, porem, tal decisão só pode ser feita quando completam 16 anos, depois de escolhido, não podem voltar atrás, caso não se encaixem na facção escolhida, são obrigados a viver como “sem-facção”. 

Agora, fugindo de qualquer comparação, podemos considerar uma boa adaptação a de Neil B. pelo fato de te prender por quase duas horas e meia na poltrona do cinema sem perceber. Com um elenco de peso, “Divergente” nos mostra ser um filme de ação com suaves toques românticos e revolucionários. 

Não podemos deixar de comentar a incrível atuação da nossa querida Shailene Woodley, que interpreta a protagonista Beatrice (ou Tris, que é o nome escolhido por ela após escolher sua facção). Shailene comove o publico em cenas dramáticas e até mesmo nas cenas de ação, sem duvida alguma é a melhor atriz/ator do filme, desbancando até mesmo a condecorada Kate Winslet, que interpreta a grande vilã do filme. 

A obra traz o conflito pelo poder entre as facções “Erudição” e “Abnegação”, mostrando ainda como o primeiro tenta se livrar dos Divergentes para que não atrapalhem o processo da tomada de poder do segundo. A “Erudição” ainda utiliza os membros da “Audácia” como “armas” na tentativa do golpe pelo poder.

Não focando muito nos momentos de romance de Tris com Four e mais na historia dos Divergentes e do golpe de estado, o filme é, no mínimo, um bom entretenimento e uma boa obra da sétima arte quando o quesito é assunto/tema revolucionário que nos faz pensar, saindo da mesmice dos filmes infanto-juvenil. 

Por fim concluímos que Neil B. acabou dando conta do recado ao fazer uma adaptação de um Best-Seller para um publico especifico, e que Shailene Woodley também consegue mostrar seu talento ao carregar o filme quase que sozinha durante todo o tempo. 

 Nota: 6,50                                
 Resenha por: Alexandre Cristiano                

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