segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Resenha - Louco por você


Nell e Kyle são amigos desde a infância. Sempre fizeram tudo juntos, então ela nem se lembra de quando se tornaram realmente um casal. Quando Kyle morre da forma mais repentina, o mundo de Nell é lançado em um abismo de incertezas e dor. É quando Nell conhece Colton, irmão de Kyle e até então um completo desconhecido para ela. Estranhamente, é como se Colton a conhecesse há muito tempo... é como se ele a conhecesse por dentro. Ambos passam, então, a lutar para seguir em frente da melhor maneira possível. Nell, sufocada pelo peso da culpa.Colton, lutando contra a força que o arrasta em direção a ela... Cada um à sua maneira, os dois precisam desesperadamente encontrar o sentido da cura e do perdão. Em Entre a paixão e a dor, Jasinda Wilder combina o calor do desejo com a angústia, a perda da inocência, o luto e as tentativas de recomeço. O resultado é uma viagem ao mesmo tempo sensual e melancólica que ficará gravada em sua pele muito tempo depois que esta história terminar.

"O primeiro amor não precisa de muito para se sustentar... Alimentado pela paixão e pela esperança de que tudo é para sempre, quando ele termina, tudo o que temos é a dor- e a sensação de que morremos um pouco todo dia. Poucos de nós acreditamos que existe vida depois do fim."

Nell e Kyle são o típico casal que nasceu para ficar junto, aquele casal em que os namorados se conheceram muito antes de sequer saberem o que é paquerar, muito antes de saberem escrever "eu te amo" e bem antes de, até mesmo, poderem falar, andar, sofrer. Desde sempre tiveram um ao outro. Filhos de pais abastados e vizinhos desde o nascimento, se tornaram melhores amigos a partir das primeiras fraldas e se apaixonaram a partir do primeiro sonho de ter alguém.

O primeiro beijo, o primeiro encontro, o primeiro namoro, a primeira vez, a última vez. Fizeram tudo juntos, ou quase tudo, pois após um acidente drástico e fatal, Nell continuou respirando, mas dessa vez, para sempre, sem Kyle. Sem vontade de viver, a garota inconsolável comparece ao funeral do eterno namorado e se encontra com o irmão mais velho dele, Colton, que esteve morando fora de casa desde a infância do casal. Colt não tenta consolar a ex cunhada, mas incentiva que ela sofra o luto que ela tanto se recusa a aceitar.

Durante o tempo em que Nell sai de casa para fazer faculdade ela se depara com o irmão dos olhos cor de mar e se aproxima dele novamente, mesmo relutante por conta da culpa que a seguia após o beijo trocado dois anos antes no quintal da casa dele. Com essa aproximação os dois passam a se conhecer melhor e a entender os motivos do sofrimento e das restrições que ambos carregam consigo. Durante esse tempo, descobrem que a paixão que sentiram desde sempre poderia se tornar um verdadeiro e complicado amor.

Neste livro de Jasinda Wilder é possível encontrar todo tipo de sentimento e de sensação, o que é incrível pois em um livro só cabe amor, solidão, felicidade, medo, humor, pavor, saudade, tristeza, vida, morte, exatamente como na vida das pessoas, que sendo uma única é repleta de tudo quanto se pode imaginar. O texto, muito bem revisado pela editora Novo Conceito, conta com letra e tamanho confortáveis à visão e folhas creme que não cansam as vistas. Tendo 269 páginas de muitas descobertas nos leva a tentar nos descobrir, nos ensina a prosseguir e a sempre olhar adiante. Uma boa recomendação para quem acredita que não há nada como um dia após o outro.



quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Sorteio - Saga Os Imortais


Hey! Sei que estou meio sumido por causa da faculdade e outras coisas mais, mas eu não vou deixar vocês na mão. Vamos agitar um poucos as coisas com um novo sorteio, e o melhor, não é apenas um livro, e sim a saga Os Imortais COMPLETA! Uma pessoa leva pra casa os seis livros da saga Os Imortais, que são: Para Sempre, Lua Azul, Terra das Sombras, Chama Negra, Estrela da Noite e Infinito.

Para participar basta usar o formulário do Rafflecopter abaixo, e aqui o tutorial de como usar pra quem não sabe. O sorteio começa hoje e termina no dia 05/01, deixando um bom tempo para participarem! Lembrando que podem tweetar a frase todos os dias, é só voltar aqui e clicar no botão "tweetar", postar a frase, copiar o link do tweet e colocar no formulário.


a Rafflecopter giveaway

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Resenha - O jeito que me olha


Depois de construir uma sólida carreira como detetive particular - especializado em casos de infidelidade -, Rafe Sullivan perdeu a fé nas relações humanas. As únicas histórias de amor verdadeiro que conhece são a dos seus pais e as dos seus primos, que Vivem na Califórnia. Quando Rafe precisa sair de Seattle para descansar e esfriar a cabeça, sua irmã, Mia, sugere uma temporada na cidadezinha onde a família costumava passar as férias de verão. No cenário de sua infância, Rafe reencontra Brooke Jansen, que, de garotinha doce e inocente, transformou-se em uma mulher de beleza incomum. Nenhum dos dois consegue ignorar o clima de sedução, e é Brooke quem toma a iniciativa: ela propõe a Rafe um caso de verão, sem amarras nem cobranças. Rafe luta para convencê-la de que eles devem continuar sendo apenas amigos... embora ele mesmo não esteja 100% convencido disso.


"Não era mais um desejo. Era uma necessidade." Essa frase resume incrivelmente todas as 270 maravilhosas páginas de "O jeito que me olha", editado pela Novo Conceito e escrito pela nossa querida Bella Andre, autora best-seller do The New York Times há uns bons e longos anos. Em seu 9º romance "de família", sendo igual aos antecessores independente, temos a história de mais um dos membros da família Sullivan, porém Rafe pertence ao clã de Seattle, sendo ele o primeiro privilegiado a conhecer o amor fora de São Francisco.

O livro narra o reencontro de Rafe, um bem-sucedido detetive particular, com Brook Jansen, sua velha amiga de infância com quem passava todo verão à beira do lago em que seus pais possuíam residência. Após ter se tornado um homem de negócios no ramo das investigações, Rafe compra de volta a propriedade que seus pais haviam perdido na sua infância e quando resolve passar uns dias organizando a casa descobre que sua nova vizinha é sua velha admiradora.

A "pequena Jansen" havia crescido e agora era uma bela mulher que, diante do Sullivan mais velho da família do lago, impressionava e causava muito desejo. O mesmo desejo que o antigo amigo sempre provocou nela. Com a vontade à flor da pele, nosso casal se envereda pelos caminhos da perdição e concorda em ter um relacionamento amigável que, contudo, lhes traga algum prazer a mais. Não é preciso ser muito inteligente pra imaginar que dessa brincadeira poderia e surgiria uma enorme paixão. E talvez mais do que isso.

A história de como esse novo casal é formado conta com uma narrativa leve e simples, fácil de entender e bem breve, ideal pra quem quer uma leitura que distraia e descanse. Maravilhosa do começo ao fim, prende a atenção e nos deixa na expectativa a cada página e apesar de a capa não ser tão convidativa, o conteúdo é muito bom mesmo. Vale à pena conferir!


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

[MOVIE] - The Babadook


Após a trágica morte de seu marido, seis anos antes, Amelia nunca mais foi a mesma. Com a morte tendo acontecido no mesmo dia do nascimento de seu filho, Amelia não consegue ama-lo seu filho como deveria, chegando ao ponto de criar certa repulsa quando é abraçada por ele, afastando-o. Mesmo com tal dificuldade, ela faz de tudo por seu filho Sam, e quando ele começa a ficar descontrolado, ela não sabe o que fazer para ajuda-lo.
Quando diz que Sam pode escolher o livro que seria lido naquela noite, ele pega um livro de capa vermelha chamado The Babadook. Ela questiona de onde ele havia tirado aquele livro, e ele diz que tinha tirado da prateleira apenas, e mesmo com dúvidas, Amelia resolve lê-lo. Mesmo sendo um livro com figuras obscuras e levemente bizarro, Amelia continua a ler até que coisas muito mais assustadoras começam a aparecer no livro, assustando Sam.

Nos dias seguintes, Sam diz que fará de tudo para se livrar do Babadook e sua mãe diz que isso é apenas coisa de sua imaginação. Porém, certas coisas começam a acontecer na casa, fazendo com que Amelia questione se o monstro é real ou não.



Depois de esperar um bom tempo pelo filme, quando finalmente assisti não me arrependi por nenhum minuto! Com uma ótima fotografia e brilhantes atuações, The Babadook te prende do começo ao fim com um bom roteiro e um clima de suspense constante. Cheio de referências a Georges Méliès, um dos precursores do cinema, o filme segue uma linha diferente do cinema de terror contemporâneo e mostra que não é necessário assustar a platéia o tempo todo para entreter.

Devo ressaltar novamente a atuação dos envolvidos no filme, que foi absolutamente brilhante. Amelia (Essie Davis) que parece, no começo do filme, uma personagem insegura e descrente, no final do filme consegue dar uma virada sensacional e provoca uma quebra de expectativa brilhante. Seguindo uma linha de insegurança por logo de quase todo o longa, quando certas coisas acontecem com ela (que não direi por ser spoiler) a atriz se mostra totalmente capaz de mudar drasticamente o comportamento de sua personagem de uma maneira incrível, mostrando que ela sabe sim atuar, diferente do que parece no começo do filme, quando ela fica com a mesma expressão o tempo todo.A atuação de Sam (Noah Wiseman) também não deixa a desejar, e mesmo sendo apenas uma criança, ele mostra que leva jeito para a coisa e que tende a ter sucesso no ramo.

Com um bom roteiro e um final chocante, The Babadook te prende do começo ao fim com seu modo diferenciado e não deixa a desejar aos reais fãs do terror. Já quem espera se deparar com sustos de cinco em cinco minutos ficará decepcionado e não gostará tanto quanto eu. Porém aos aficionados ao gênero, afirmo: assistam, não vão se arrepender.




quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Resenha - Ligeiramente Casados

Como todos os Bedwyn, Aidan tem a reputação de ser arrogante. Mas este nobre orgulhoso tem também um coração leal e apaixonado - e é a sua lealdade que o leva a Ringwood Manor, onde pretende honrar o último pedido de um colega de armas. Aidan prometeu confortar e proteger a irmã do soldado falecido, mas nunca pensou deparar com uma mulher como Eve Morris. Ela é teimosa e ferozmente independente e não quer a sua proteção. O que, inesperadamente, desperta nele sentimentos há muito reprimidos. A sua oportunidade de os pôr em prática surge quando um parente cruel ameaça expulsar Eve de sua própria casa. Aidan faz-lhe então uma proposta irrecusável: o casamento, que é a única hipótese de salvar o lar da família. A jovem concorda com o plano. E agora, enquanto toda a alta sociedade londrina observa a nova Lady Aidan Bedwyn, o inesperado acontece: com um toque mais ousado, um abraço mais escaldante, uma troca de olhares mais intensa, o "casamento de conveniência" de Aidan e Eve está prestes a transformar-se em algo ligeiramente diferente... 

Desta vez Mary Balogh nos surpreendeu mais do que nunca. Após ter conquistado o pódio na lista de mais vendidos do The New York Times e permanecer sendo premiada por quase 30 anos com os prêmios de melhor autora na categoria Período da Regência, a nossa Majestade da literatura romântica de época europeia lança, no Brasil, em parceria com a ilustríssima Arqueiro mais um sucesso com mais de 4 milhões de vendas. Exatamente! Mais de 4 milhões. Querem notícia melhor? Ótimo: Ligeiramente Casados é o primeiro livro de uma série que contará com seis volumes, cada um contando a história de um dos Bedwyns.

No primeiro volume, Mary retrata a vida de um casal unido por conveniência: Lorde Aidan Bedwyn, coronel durão de uma tropa inglesa, é "obrigado" por sua honra a se casar com Eve Morris, filha de um ex mineiro galês que se casou com uma herdeira inglesa e passou a ser parte da aristocracia local. Isso tudo acontece porque o único irmão de Eve, o capitão Percival, morre em combate e pede ao coronel um último favor, que ele lhe devia por ter sido salvo durante uma outra batalha, favor que consistia em nada menos do que proteger sua irmã "custe o que custar". Como homem honrado que era, Aindan, ainda que contra a sua vontade, se casa com Eve para garantir que ela não perca sua propriedade e não desampare seus protegidos.

A questão maior é que o casamento que era pra ser um fato unicamente conveniente e um segredo absolutamente bem guardado chega ao conhecimento público e então Eve precisa se apresentar à Rainha como Lady Bedwyn e fazer as honras como nova integrante da família. Ao longo do tempo que a nova nobre passa com seu marido muitas coisas acontecem, ela sofre todo o preconceito por ser galesa, por não ter sangue nobre, por não ter sido criada exatamente como as outras "ladies", além de se reencontrar seu ex amor que estava há muito tempo desaparecido. Porém nem todas essas situações e nem mesmo o jeito carrancudo de Aindan seriam capazes de frear todo o sentimento que estava por surgir...

Essa obra maravilhosa foi escrita de uma maneira a encantar e prender o leitor e traduzida de uma forma clara e leve, toda planejada para nos deixar cada vez mais apaixonados pela narrativa, pelo contexto, pelos lugares, pelas temporadas londrinas e por tudo que só quem ama o Romance de Época sabe que há nesse tipo de texto. Não só recomendo a leitura como também parabenizo àqueles que leram antes mesmo da divulgação da resenha. Espero
que abril chegue logo para que possamos nos apaixonar mais uma vez por Mary com Ligeiramente Maliciosos.


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Resenha - Os Três


Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo. Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação. A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular: Eles estão aqui. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele... Essa mensagem irá mudar completamente o mundo. 




Após Pamela May Donald ter deixado uma mensagem um tanto quanto peculiar em seu celular sobre os sobreviventes dos quatro acidentes aeronáuticos que ocorreram simultaneamente em quatro continentes distintos do planeta passa também a fazer parte da contagem de corpos empilhados para o reconhecimento de falecidos provenientes da fatalidade. A moça, que tentou apenas alertar para os perigos que seguiriam as tragédias, não sobreviveu para contar, de fato, o que sabia a respeito dos Três. A tríade infantil que supreendentemente saiu ilesa de seus respectivos aviões e que teve a vida revirada de cima a baixo, comentada, especulada e sondada por toda a mídia mundial.

O suspense de Sarah Lotz, editado e publicado pela nossa queridinha, a Arqueiro, conta com 391 páginas de puro envolvimento e tensão. É aquele típico livro que demora um pouco até te fisgar mas que não te deixa escapar depois de ter apreendido. Até eu que não sou a maior fã de narrativas desse tipo me encontrei como uma devoradora de páginas após ter sacado a pegada do livro (ou pelo menos achado que sim). Isso porque a autora nos leva a enumerar diversas hipóteses sobre o caso das crianças sobreviventes, apresenta várias vertentes de possibilidades e no fim, quebra as expectativas de uma forma única e sensacional.

A trama se desenvolve em torno das pesquisas relacionadas ao caso das quedas dos aviões e retrata de maneira crítica questões como fanatismo religioso, abuso de poder econômico e político, invasão midiática e teorias conspiratórias sem jamais deixar de lado o quê de sobrenaturalidade típico da leitura. Dentro do livro existe um "outro livro" que é apresentado como sendo um apanhado de informações relevantes das quais Elspeth Martins (a escritora fictícia) tomou nota para tentar descobrir ou desvendar o que está por trás de todo esse fenômeno.

Eu poderia me demorar mais detalhando os pormenores da história porém as informações são todas extremamente emaranhadas umas nas outras e eu acabaria revelando a parte mais fantástica disso tudo, então deixarei apenas minha recomendação de que não percam tempo e corram para as livrarias à procura de um exemplar desse livro-funde-cérebro. Boa leitura!




domingo, 12 de outubro de 2014

Resenha - A Filha do Louco

Juliet Moreau construiu sua vida em Londres trabalhando como arrumadeira - e tentando se esquecer do escândalo que arruinou sua reputação e a de sua mãe, afinal ninguém conseguira provar que seu pai, o Dr. Moreau, fora realmente o autor daquelas sinistras experiências envolvendo seres humanos e animais. De qualquer forma, seu pai e sua mãe estavam mortos agora, portanto, os boatos e as intrigas da sociedade londrina não poderiam mais afetá- la... Mas, então, ela descobre que o Dr. Moreau continua vivo, exilado em uma remota ilha tropical e, provavelmente, fazendo suas trágicas experiências. Acompanhada por Montgomery, o belo e jovem assistente do cirurgião, e Edward, um enigmático náufrago, Juliet viaja até a ilha para descobrir até onde são verdadeiras as acusações que apontam para sua família.


"A Ilha do Dr. Moreau", livro aterrorizante e perverso de H.G.Wells lançado originalmente em 1896, foi nada menos do que a inspiração para a criação da obra literária que trago pra vocês. Tendo o mesma clima tenso e de suspense do livro de Wells e sendo ao mesmo nível psicodélico, "A Filha do Louco" (de Megan Shepherd, através da editora Novo Conceito) retrata experiências inimagináveis e desumanas a partir da ideia da produção, sim, eu disse produção, de uma nova raça. É claro que não é apenas disso que a trama diz respeito, ela trata da Londres de 1800, seus costumes e sua cultura, trata da vida da jovem aristocrata que perdeu os pais e precisou, em virtude disto, se tornar faxineira de uma famosa faculdade londrina.

Tratemos então da nossa protagonista. Filha de um médico cirurgião famoso e bem sucedido em Londres, a querida Juliet se vê só no mundo após seu pai ter sido exilado (e tido como morto) por conta de ser acusado de fazer experiências envolvendo humanos e sua mãe ser morta vítima de uma doença fatal. Acreditando que seu pai esteja vivo, a menina de apenas 16 anos decide ir atrás dele, que até então tem se escondido em uma ilha. Após o reencontro com o filho de uma de suas antigas criadas,o igualmente jovem e belo Montgomery, Juli descobre o paradeiro do tão polêmico Dr. Moreau e parte com o seu amigo de infância em busca daquele que ainda considera sua família.

Ao longo da viagem até a ilha a moça passa a desenvolver um ligeiro interesse pelo rapaz, que ainda que apaixonado por ela, tem o cuidado de não ceder à sua paixão em nome da honra e respeito da família. Durante a viagem o casal tem contato com um naufrago que resgatam piedade e que, é claro, também se apaixona por Juliet após ela ter se dedicado em curar suas feridas advindas dos dias à deriva no mar. Formado nosso romance e nosso triângulo, o trio aporta na ilha e acontece o reencontro de pai e filha.

Durante a estadia da herdeira do Dr. Moreau no que ela chama de "novo lar", a pobre menina se depara a cada dia com aberrações supostamente naturais que aguçam sua curiosidade e seu lado mais obscuro. Em busca de resposta, Juliet passa seus dias desvendando os mistérios do lugar habitado e nos convida a participar de sua investigação.

Só tenho a dizer que fiquei realmente impressionada com a ideia desenvolvida, com o modo como a autora trata a questão do bem e do mal internalizados em cada ser humano e principalmente com o desfecho. É uma narrativa alucinante, que prende, que estimula, que pede mais do leitor a cada instante e que sem dúvidas me deixou de queixo caído. Recomendo sem perguntar a quem!


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Resenha - Amada Imortal

Primeiro livro de bem-sucedida trilogia, mistura fantasia sobre imortais a uma história moderna de jovem em busca de si mesma e de redenção. Questões de identidade e moralidade aparecem na trama, protagonizada pela imortal Nastasya. Nascida em 1551, acostumada a beber e sair para baladas cada vez mais loucas, ela perdeu o rumo. Suas conexões com outros imortais, interessados apenas em suas habilidades mágicas, a fazem partir em busca de um propósito. E o encontra em uma espécie de clínica de reabilitação para os de sua espécie, onde conhece um pouco mais sobre o próprio passado e cria importantes laços para o futuro. 








Rebelde sem causa: esse termo provavelmente foi criado para designar Nastasya, protagonista da trilogia de Cate Tiernan que teve seu primeiro exemplar Amada Imortal (do original Immortal beloved) lançado em agosto de 2012 pela Galera Records e desde então vem trazendo a magia da trama para a vida de cada leitor.

Nasty, como é habitualmente chamada por seus amigos imortais, é uma "garota" que aparenta ter 18 mas está prestes a completar 450 anos dos quais pelo menos 100 foram dedicados a inúmeras mudanças de visual, identidade, endereços e caráter. E é principalmente disso que se trata este primeiro livro: busca da moral, redenção e nova conduta.

Após ter visto um de seus amigos assassinar um motorista de táxi por diversão, apenas a custo de utilizar a magia de que são providos, Nastasya entra em profunda contradição, afinal a vida que leva não é a que deseja, apesar de ser absolutamente livre e dona de si ela se sente prisioneira de uma personalidade desconhecida.

Tomada pelo desconforto e por autoquestionamentos infinitos, a personagem decide partir em direção a River's Edge, uma espécie de fazenda/clínica de reabilitação da qual soube décadas antes após um acidente automotivo no qual a própria dona do local, a senhora River, fez um convite para que ela passasse uns dias em meditação no local.

River's Edge é afastado de tudo, um verdadeiro atraso de vida diante da primeira concepção de Nastasya. Os imortais que lá residem são responsáveis por plantar, colher, preparar e organizar tudo aquilo do que vão se alimentar. Todas as tarefas domésticas são igualmente divididas e nos espaços vagos entre elas há ainda aulas de utilização de magia. Tudo é tão oposto à vida de ressacas, baladas, moda, crueldades e conforto, mas ao mesmo tempo soa tão familiar, principalmente... Ele. O "Deus Viking" que Nasty ora ama, ora odeia. Reyn tem algo que ela precisa, algo que ela não suporta, algo que ela implora por saber de onde vem e do que se trata.

Apesar de ter inúmeros aspectos dos quais eu poderia falar durante horas, deixarei apenas o conselho de que leiam para descobrir o motivo de eu ter me prendido tanto. O livro que é narrado pela própria protagonista tem um humor sarcástico, algo bem jovem, irônico e é envolto por mistérios e paixões da mesma forma que é rodeado por intrigas e mudanças. Uma narrativa que vai fazer com que andem esbarrando em postes nas ruas, sonhando com Deuses de um metro e noventa e correndo loucos em busca do próximo livro, pois este primeiro termina com... Vou deixar pra vocês descobrirem!


sábado, 13 de setembro de 2014

Resenha - Príncipe da noite

Toda manhã, o psicanalista Gabriel se surpreende ao acordar: sempre encontra uma mulher diferente dormindo ao seu lado. Ele nunca se lembra do seu nome, nem da maneira como a conheceu. A única coisa que resta de suas aventuras noturnas é um lapso de memória. Mas esta noite tudo se repetirá: quando cruzar com uma bela mulher, na noite seguinte, perderá o controle de quem é, porque o seu outro “eu” é capaz de tudo para satisfazer seus desejos mais primitivos. Mantendo esse segredo somente para si, Gabriel leva uma vida aparentemente normal na grande Londres, ouvindo diariamente os problemas de seus pacientes, enquanto tenta fugir das loucuras de sua ex-namorada. Mas nada é verdadeiramente normal para um homem que pode ser controlado pelo Príncipe da Noite...

O psicanalista Gabriel vive sua vida aparentemente normal em Londres, mas guarda um grande segredo: ele frequentemente acorda ao lado de mulheres que não conhece e não consegue se lembrar como foi parar ali.

Dominado por um “eu” misterioso e desconhecido, Gabriel tenta seguir com a sua vida, mas o Príncipe da Noite que toma conta de seu ser à noite parece não querer isso. Sem nem mesmo se entender, ele ainda precisa lidar com os problemas de seus pacientes e todas as (várias) mulheres de sua vida.



Fiquei encantada por esse livro desde a primeira vez que o vi. No entanto, esse encantamento desapareceu quando me peguei lendo a primeira página pela terceira vez para tentar encaixar aquilo em algum local da minha mente. Desisti e resolvi seguir em frente. Essa talvez tenha sido a minha melhor decisão.

A meu ver, o outro “eu” de Gabriel é uma metáfora bem construída de uma parte que todos temos e teimamos em tentar esconder. O Príncipe da Noite, como o próprio personagem o chama, é a personificação de nossos extintos, sentimentos e pensamentos; tudo aquilo que controlamos para os outros, mas que por dentro nos dominam e, por vezes, até nos controlam.

Foi incrível perceber pelos olhos de Gabriel como muitas vezes nos sabotamos por atribuirmos a nós culpas que não nos pertencem, mas como, ao mesmo tempo, culpamos e responsabilizamos os outros para que o peso não recaia sobre nós. Como somos inconstantes e complexos!

Com frequência, julgamos o que vivemos e o que pensamos e deixamos de nos sentir donos de nossas vidas. Nossos extintos são fortes e por vezes até irrefreáveis e, por isso, podemos acabar nos afastando de nós mesmos e, quando isso ocorre, é difícil retornar ao ponto em que paramos.

Sinto-me conflitante com relação a esse livro. A excelente ideia de Germano teve sua execução falha em alguns pontos. Mais de metade do livro serviu como ambientação para a vida de Gabriel. Me cansou não estar entendendo todos os pontos que eram abertos e que eu não tinha como saber se poderiam e/ou se iriam ser fechados. Continuei lendo e me surpreendi na segunda metade do livro, pois a história, que para mim vinha se arrastando, deslanchou em um ritmo frenético que me fez fechar o livro pensando “o que diabos vai acontecer na continuação?”

Não é uma história simples de ser lida, mas também não creio que nem por um segundo este tenha sido o objetivo. Apesar do começo do livro, ele me ganhou por toda a reflexão. A percepção de Germano Pereira ao criar todo esse enredo foi notável. Terminei esse volume com uma visão de que, sim, por mais que tentemos esconder, todos temos um ser interior que nos domina e que dominamos, e foi a primeira vez que vi isso exposto através de um personagem (um, dois, não sei como chamar Gabriel e o Príncipe).

Então, deixo aqui para vocês a recomendação de um livro nacional que merece muito crédito. 


Resenha por: Giulia Alzuguir

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Sorteio - Se eu Ficar


Quer ganhar um exemplar de Se eu Ficar? Então o Viajando nos Livros em parceria com a Novo Conceito vai dar um jeito nisso!

Para participar basta curtir a pagina do Viajando nos Livros da Editora Novo Conceito e clicar em "quero participar" aqui.O sorteio começa hoje (01/08) e termina segunda (04/08), então corre participar.

A resenha de Se eu Ficar já está no blog, então quem quiser pode conferir AQUI. E para ficar ligado em mais novidades da Novo Conceito, não esqueçam de seguir no twitter e no instagram.


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Resenha - Se eu Ficar

Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas. 

Mia é uma violoncelista de 17 anos que em mais um dia normal com a família, sofre um acidente de carro e toda a sua vida se transforma por completo. Ela acorda e se vê ao lado de seu próprio corpo, e não sabe o que fazer. Mia segue seus instintos e segue o corpo até o hospital onde está sendo levada e fica cada vez mais confusa com o que vem em seguida. Além das preocupações com seu irmão mais novo, Teddy, que estava com ela no carro, ela também tem de lidar com o grande sofrimento de sua família e amigos que chegam para visita-la no hospital.

Mia está por um fio entre a vida e a morte, e ela sabe que a escolha é inteiramente dela. Se ela ficar, será orfã, terá sequelas de cirurgias, cicatrizes e sabe que não conseguirá lidar completamente com a perda. Mas também sabe que ela tem uma família: avós, tios, amigos, e claro, Adam, seu namorado e amor da sua vida. Agora com essa escolha nas mãos, Mia tem que decidir o seu destino com a ajuda e o amor incondicional de sua família.



Desde que descobri a existência do filme Se eu Ficar com a Chloe Moretz, fiquei fissurado com a ideia e muito ansioso pelo filme. Imagina então quando fiquei sabendo que a Novo Conceito ia lançar o livro que inspirou o filme, eu literalmente surtei! Antes de divulgarem qual seria a capa oficial, eu estava torcendo muito para que fosse a do filme (que é muito linda, vamos combinar) e qual não foi minha felicidade quando anunciaram que essa realmente seria a capa do livro. Demais!

O livro fala sobre amor, perda, sacrifício, e muitas outras questões da vida de um jeito juvenil porém forte. Não pense que o livro é mais romance água com açúcar com coisas sobrenaturais, pois você está muito enganado! Se eu Ficar é um livro rápido de ler e intenso, você fica preso de tal maneira que só solta o livro depois de ter lido até o fim.

Outra coisa que gostei também foi que o livro é narrado em primeira pessoa pela Mia, então quando ela fica fora de corpo vagando por aí, o mesmo que ela sabe o que nós sabemos. E o livro é alternado entre o agora, que seria ela no hospital, e vários episódios da vida dela, de sua família e de Adam. Mesmo ficando alternando toda hora, o livro consegue ser fluído e não enjoativo, como costuma acontecer quando fazem esse tipo de coisa.

Sobre a diagramação da Novo Conceito, nada a reclamar, como sempre. Em todas as páginas do livro vemos símbolos musicais nas bordas, o que é a cara da Mia e deixa o livro bem especial. A única coisa que tenho que levar em conta, de modo negativo, são os erros gramaticais. Acho que na pressa para fazer o livro antes de sair o filme, os revisores deixaram muita coisa passar, como palavras repetidas, alguns erros, etc. Não que isso atrapalhe a leitura, porém é algo que dá pra perceber. Então espero que corrijam na próxima edição.

Então Se eu Ficar é um livro juvenil porém com um forte apelo, um ótimo romance e uma personagem que fica fácil para todos de se identificar. Uma ótima leitura! Agora só falta esperar pelo filme...






quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sorteio - Limpando a estante!


Olá! Quanto tempo desde o último sorteio, né? Mas posso explicar... Agora que comecei a faculdade minha vida está uma loucura. Trabalhos, seminários, fichamentos, tudo de uma vez, é bem complicado. Mas agora nas férias estou conseguindo colocar tudo de volta aos eixos :) Então nada melhor que um sorteio, não é mesmo? 

Dessa vez vou fazer um sorteio de 8 livros para 8 pessoas. Será apenas um formulário para todos os livros, então pensem bem, vocês tem 8 CHANCES de ganhar! São todos livros da Novo Conceito e alguns até já foram resenhados no blog, mas esses não são os que eu li, são novos ;) 

O sorteio começa hoje termina em exatamente um mês (30/08), e vai ser no Rafflecopter como sempre. Quem não sabe usar, vale a pena dar uma olhada nesse tutorial aqui. Lembrando também que as opções de tweetar a mensagem e a de comentar no blog abrem todo dia, assim vocês podem tweetar a cada 24 horas e também comentar no blog para ganhar mais entradas \o/


a Rafflecopter giveaway

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Resenha - Aconteceu em Paris

Evie Dexter quer fazer carreira como guia de turismo. Determinada como é, e cheia de coragem por causa de um ou outro drink, ela logo começa a “melhorar” seu currículo. E consegue um ótimo emprego: acompanhar turistas por toda Paris.Agora é só uma questão de se firmar como profissional demonstrando o seu melhor. Mas os vinhos franceses são tão gostosos... E seu tutor, Rob, é bonito demais!O primeiro romance de Molly Hopkins é um livro que todo mundo gostaria de ler. É verdade que você pode se incomodar com o comportamento de Evie quando ela descobre que Rob é muito rico, e pode até ser que você ache que Rob é exageradamente controlador. Mas nada é maior que as gargalhadas que você dará quanto mais conhecer a garota descomedida, apaixonada e com um imenso coração que é Evie. Uma moça como muitas que conhecemos.

“Amar não é encontrar uma pessoa com quem você queira viver junto. É entender que encontrou uma pessoa e não pode viver sem ela.”
Segundo Evie Dexter, protagonista da comédia romântica escrita maravilhosamente por Molly Hopkins essa é a verdadeira definição de amor e que não a contrariem jamais porque essa mulher é uma completa maluca de paixão. É a típica mulher que VIVE a vida e que sabe que seus sonhos estão mais próximos de serem realidade do que a garrafa de vinho que sempre deixa por perto. E olha que a garrafa está sempre muito perto mesmo!
Para apresentar rapidamente a personagem mais espontânea com  quem me deparei em anos de leitura só precisarei de algumas linhas:

Nome: Evie Dexter.
Profissão: desempregada  a princípio e sortuda futura guia turística em Paris.
Idade: melhor não perguntar pra ela.
Experiência: causar confusão, mentir sempre que der vontade inventando as mais mirabolantes histórias e se apaixonar por motoristas bonitões colegas de trabalho.
Objetivo: tornar a sua leitura incrivelmente divertida e te levar a uma viagem totalmente nova e cheia de bagunça pelo lugar mais romântico do mundo.
Essa é a nossa “princesa” de um conto que nada tem a ver com os de fadas. Evie é uma mulher como todas as outras, cheia de defeitos, cheia de problemas, gastona ao extremo e apaixonada por bebidas, festas, sorrisos e liberdade. Após ser demitida do cargo que exercia a 10 meses em uma empresa de publicidade a moça decide se empenhar em criar um currículo um tanto quanto chamativo (e duvidoso) para trabalhar em um país onde nunca esteve. E é contratada!
Em meio a invenções e muita cara de pau ela passa a ser guia turística da cidade das paixões ao lado de Rob seu tutor e motorista bonitão e mais do que autoritário e dono de seus mais sinceros suspiros desde o primeiro encontro.
Ao longo da narrativa que é feita em primeira pessoa e conta com vários episódios hilariantes do passado da protagonista, Molly nos faz apaixonar pela leitura tranquila e leve, pelas maluquices de Evie e pela diversão das personagens.
O livro é bem “sessão da tarde” e o românce nada tem de muito elaborado, não conta com um ápice ou algo do tipo mas é gostoso de ler e diverte bastante. As páginas tem um tom pastel que não cansa os olhos e a formatação é ótima, sem contar que a estilização típica da Novo Conceito, trouxe desta vez, em cada capítulo, a imagem de uma mini Torre Eiffel deixando a leitura bem direcionada à França.  No mais, quem se interessar por coisas do tipo “Sex and the City”  pode correr pras livrarias. É uma ótima indicação! 


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Resenha - A Máquina de Contar Histórias


Na noite em que o escritor best-seller Vinícius Becker lançou A Máquina de Contar Histórias , o novo romance e livro mais aguardado do ano, sua esposa Viviana faleceu sozinha num quarto de hospital. Odiado em casa por tantas ausências para cuidar da carreira literária, ele vê o chão se abrir sob seus pés. Sem o grande amor da sua vida, sem o carinho das fi lhas, sem amigos... O lugar pelo qual ele tanto lutou revela-se aquele em que nunca desejou estar. Vinícius teve o mundo nas mãos, e agora, sozinho, precisa se reinventar para reconquistar o amor das filhas e seu espaço no coração da família V. Uma história emocionante, cheia de significados entrelaçados pela literatura, mostrando que o amor de um pai, por mais dura que seja a situação, nunca morre nem se perde.

Vinicius Becker é um grande autor de sucesso internacional e amado por todos... menos por sua própria filha. Depois da morte de sua esposa, Vinicius toma um choque de realidade e percebe a vida ótima que tinha com sua esposa e filhas, e deixou tudo aquilo por seu trabalho. Agora, sem esposa, ele tenta fazer que sua antiga e feliz vida com a família volte, porém nem tudo acontece como ele esperava. Sua filha, Valentina, o odeia mais que tudo na vida, e diz que a culpa da morte da mãe é dele e que ele poderia ter feito muito mais por elas mas não as amava suficientemente.

Perdido, ele passa dias amargos dentro e casa e mal consegue entrar em seu próprio quarto, se sentindo apenas pior a cada dia. O desprezo de sua filha mais velha o corrói por dentro e ele sente que tem de fazer algo para eles voltarem a ter o laço familiar. Sem querer, ele esbarra no computador da filha e o acaba ligando, e mesmo sabendo que era errado o que fazia, acabou abrindo um vídeo que mudou totalmente o rumo da história e o fez tomar a rédea de sua vida de uma vez por todas.


Totalmente intenso e bem escrito, A Máquina de Contar Histórias consegue te prender no inicio ao fim, te fazendo passar uma noite em claro e acabar o livro com uma sensação ótima.
Desde o começo do livro eu sabia que ia gostar. Uma trama altamente bem construida, ótima narração e, é claro, a maravilhosa diagramação da Novo Conceito.

Fico feliz quando leio um livro nacional tão incrível e vejo o quanto as pessoas são preconceituosas quanto a livros nacionais que, muitas vezes, dão de lavada em muitos livros internacionais de sucesso por aí. Mauricio Gomyde tem tudo para estar na lista de mais vendidos e sei que se as pessoas se abrirem e derem uma chance para livros nacionais, vão se impressionar muito com o que os escritores do nosso país tem a oferecer. E está aí uma boa dica para quem tem preconceito com livros nacionais: leia A Máquina de Contar Histórias e mude totalmente sua cabeça!

A história é excelente e tem uma execução maravilhosa. Sem enrolar demais, mas com tudo bem narrado, você só fecha o livro depois de terminar. Porém devo dizer que essa está entre as capas mais feias da Novo Conceito. Se eu visse esse livro em uma livraria eu definitivamente ia passar longe, nem pegaria na mão para ler a sinopse pois a capa é totalmente não atrativa em todos os sentidos. Mas depois que você lê o livro, a capa faz todo o sentido e você sente que ela é boa o suficiente para a história, mas estamos falando de mercado aqui e o que conta é levar a pessoa a adquirir o livro, o que foi totalmente falho nesse caso.

Devo dizer que senti um pouco de John Green na história. Não estou acusando o autor de plágio, longe disso, mas alguns detalhes que acontecem em A Culpa é das Estrelas também acontecem nesse livro, me levando a torcer um pouco o nariz. Mas nada que seja grande coisa assim. Então fica aqui a dica de um incrível livro nacional, vale super a pena!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Resenha - A Escolha


A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante ... Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada.


Não tem muito o que falar da história sem dar spoiler pra quem não leu os anteriores (A Seleção e A Elite), então vamos ao que interessa.
Depois de praticamente devorar A Elite e esperar loucamente por A Escolha, quando vi o livro na minha frente não aguentei e comprei na hora. E não me arrependo; li o livro todo em um dia, só soltei quando li a última página e mesmo assim não queria soltar. Essa série mexeu muito comigo desde o primeiro livro, não sei dizer o motivo, mas me apeguei muito aos personagens e em muitos momentos quase joguei o livro na parede ou desisti da leitura, de tanta raiva de certas situações.

Kiera conseguiu fechar a história perfeitamente, sem deixar pontas soltas, com muito suspense no ar, partes de tirar o fôlego e um final feliz. Sim, devo admitir que fiquei muito feliz com o final e era o que eu queria que acontecesse desde o começo, então não tenho nada a reclamar.
A autora escreve de uma maneira que você não vê o tempo passar, eu virei a noite lendo e quando terminei poderia jurar que era mais cedo. O que tenho a dizer sobre esse livro é: se você não leu os anteriores, leia, não vai se arrepender.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Promoção - Avante, Brasil


Olá, brasileiros e brasileiras! Junho está começando e, com ele, um evento muito especial no nosso país, capaz de provocar paixões e protestos... Com ansiedade ou com revolta, cada cidadão deste nosso Brasil espera o início da Copa do Mundo. Nós, blogueiros, não poderíamos ficar indiferentes e, para os que apoiam ou para os que criticam esse grande campeonato, resolvemos criar uma seleção que não poderá causar polêmicas: uma seleção de livros! Porque o Brasil precisa avançar, mas não estamos ressaltando o futebol, e sim a leitura. Então, se você concorda conosco, abrace esta causa e participe da Promoção Avante, Brasil: uma seleção de livros!

domingo, 1 de junho de 2014

Resenha - Belleville



"O que você faria se pudesse voltar no tempo?" 

Eu particularmente, se tivesse esse poder, leria mais umas mil vezes o romance maravilhoso de Felipe Colbert só pra ter a alegria de conhecê-la novamente de muitas novas formas. 

A narrativa incrível se dá, capítulo por capítulo diante da visão dos protagonistas, Anabelle e Lucius, que formam um belo casal romântico, um par perfeito e maravilhoso, inseparável eu diria... Se não fosse justamente pelo fato de estarem separados (e olha só, que viagem) pelo tempo. Enquanto a jovem sonhadora, doce e inocente habita os anos de 1964, o nosso novo príncipe encantado está, assim como nós, no ano de 2014. Isso tudo pode parecer muito confuso, mas na verdade só deixa as coisas mais interessantes uma vez que esse papo de "mundos paralelos" faz o texto todo ficar mais diferente e único. 

"Começando pelo começo": Lucius é ingressante na universidade de matemática em Campos do Jordão e seu pai aluga para ele uma casa modesta porém aconchegante afim de que se acomode melhor na cidade em que passará os próximos 5 anos estudando, casa esta que pertenceu outrora ao pai de Anabelle. Com o falecimento do mesmo, a filha deixa na casa (ao se mudar por necessidades financeiras) uma carta, um pedido para que o próximo morador dê sequência às obras de construção da montanha-russa ao fundo da casa, denominada Belleville. O estudante ao encontrar a carta e não podendo ajudar, por falta de recursos, escreve uma outra e deixa no mesmo lugar, pedindo para que o morador seguinte realize o sonho do pai de Anabelle. Acontece que a moça, 50 anos atrasada em termos de comparação, recebe a carta e eles passam então a se corresponder.

Com o passar do tempo gera-se uma afinidade muito grande entre os protagonistas e o nosso mocinho abre mão de seus estudos afim de financiar os projetos do sonho de Anabelle, sua paixão atemporal. Em meio à retomada das obras eis que surge um tio da menina que passa a viver com a órfã com pretexto de cuidar da sobrinha e que na verdade se ocupa bem mais de maltratá-la, aprisioná-la e submetê-la a desumanidades sem fim. É então que a moça precisa ser salva e recorre ao seu único recurso: as cartas à Lucius -que nada pode fazer estando 50 anos a frente dela. Ou pode? 

Para não estragar a leitura vou deixar essa dúvida no ar e o gostinho de quero mais para os futuros leitores. Espero que se empenhem em procurar o livro e divulgá-lo também, uma vez que além de incrível é (tchãrããã) NACIONAL! Exatamente, uma obra inteirinha criada, publicada e divulgada por brasileiros. Me surpreendi, me prendi e me apaixonei e me envolvi, pois como diz o autor "Há sempre uma palavra que nos une."


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Solicite as jackets da série Estilhaça-me gratuitamente


Para os fãs da série Estilhaça-me que adoraram as novas capas da série mas ficaram com dor no coração por ter que comprar os livros de novo para ter as capas novas, isso chegou ao fim! A Editora Novo Conceito vai DAR as jackets pra vocês gratuitamente!
Então se você tem os livros da série e quer aderir ao novo visual, acesse ESSE LINK, preencha o formulário e espere elas chegarem até você. Mas corre que só vale até 6 de Junho.

Sorteio - Sangue na Neve


Mais um sorteio pra vocês! O livro da vez é Sangue na Neve, e está super fácil de participar (como sempre). O sorteio vai ser pelo Rafflecopter (veja um tutorial aqui) e se encerra dia 26/06. Corre participar! 

a Rafflecopter giveaway

sábado, 17 de maio de 2014

Resenha - As Gêmeas



"A história de nossa concepção foi do tipo comum, como ensinam nas aulas de Biologia. 
Você sabe como é: um espermatozoide atlético chega ao objetivo, que é o ovo, e uma nova vida começa. Assim, aqui estamos nós, um único bebezinho sendo construí- do. 
Daí vem a parte extraordinária, porque esse ovo único se parte, dividindo-se no meio, e nós nos tornamos dois bebês. Duas metades de um todo. É por isso que é estranho mas verdadeiro: fomos uma só pessoa antes, mesmo que tenha sido só por um milissegundo."

Deste modo carinhoso e carismático é que se inicia a narrativa de As Gêmeas. O livro conta a história das gêmeas idênticas Viola e Isolte que de similares só tinham a aparência, mas que apesar dos gênios opostos se amavam da mesma forma e eram unidas a ponto de se julgarem inseparáveis. Até que o destino provasse o contrário. 

As irmãs que nasceram e foram criadas na floresta apresentam ao longo do livro maneiras diferentes de interpretar e reagir com o mundo a sua volta e se alicerçam uma na outra para terem o apoio necessário e o carinho que vez ou outra falta por parte da mãe, que diga-se de passagem é uma tremenda irresponsável. Além disso, vivem vários momentos de parceria e amizade com os garotos, como elas gêmeos, John e Michael.

O tempo passa e após um acidente sério as coisas passam a ser mais complicadas para as garotas, levando cada uma a tomar um caminho diferente. Neste "futuro" Isolte que sempre foi a mais corajosa, ambiciosa, rápida e extrovertida se encontra numa vida de luxo e conforto, muito bem sucedida nos negócios e no amor. Enquanto isso a gêmea, Viola, permanece internada em tratamentos contra distúrbios alimentares e psicológicos. É importante destacar que Viola está sempre retraída, amedrontada e carrega uma espécie de culpa oculta que será retrata ao longo da narrativa.

O clímax se inicia com a volta de Isolte em busca de ajudar a irmã, quando ambas passam a confrontar passado e presente em busca de verdades e respostas que as levarão a inúmeras descobertas pra lá de inimagináveis.

Em relação à história não há o que se dizer, é maravilhosa, diferente de tudo e interessante ao ponto de prender o leitor do começo ao fim. A narração acontece em primeira e em terceira pessoa e os sonhos, pensamentos e lembranças acabam se mesclando um pouco com a realidade -sem falar na dúvida, algumas vezes, quanto a identificação das gêmeas. 


Capa Completa
Apesar desses aspectos deixarem o texto um pouco confuso, dão também um certo suspense, fazem com que o leitor queira buscar, entender e descobrir junto das irmãs. É uma ótima leitura, muito bonita, emocionante e ao mesmo tempo misteriosa. Vale muito a pena para desfrutar e presentear, me encantei!



quinta-feira, 8 de maio de 2014

[MOVIE] - O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro



Com os estudos concluídos, Peter Parker começa a se dedicar cada vez mais ao homem aranha e a salvar os nova iorquinos, e juntamente com isso, começa a entrar em conflitos no seu relacionamento com Gwen.

Como se já não bastasse, surge Electro, um dos vilões mais famosos dos quadrinhos, agora adaptado no cinema, interpretado pelo astro Jamie Foxx. Peter ainda tem o retorno de seu antigo amigo de escola, Harry Osborn, e acaba descobrindo cada vez mais coisas sobre o passado de seu pai e de Norman Osborn.


“O amigo da vizinhança”, como é mundialmente conhecido o Homem-Aranha, está de volta ao cinema em sua segunda parte do reboot dirigido por Marc Webb. E o que dizer desse filme? Bom, acho que o próprio nome já diz: Espetacular!

Com uma pegada completamente mais jovem que a primeira versão do diretor Sam Raimi, essa segunda ‘geração’ do cabeça de teia traz uma maior proximidade com os quadrinhos , onde o Homem Aranha é orgulhoso por ser o que é, diferente do herói interpretado por Tobey Maguire, que acha um fardo ser o Homem Aranha.

Outra característica desse filme que acaba chamando muito os espectadores é o romance do herói. Talvez o fato de Adrew Garfield (Peter Parker) realmente namorar a Emma Stone (Gwen Stacy) na vida real ajuda a criar uma maior interação e, consequentemente, um melhor resultado no fim da obra.

Jamie Foxx é um grande atrativo nesse filme também, pois depois de concorrer ao Oscar do ano passado, aceitou o papel de vilão de um blockbuster como Homem Aranha, coisa que é muito difícil de se ver no cinema mundial, e isso acabou aumentando a credibilidade do filme, sem contar que a atuação dele está sensacional como Electro.

Ponto também para a trilha sonora, que acaba te embalando a cada cena. Diria que, juntamente com o romance de Peter e Gwen, seria uma das principais características desse filme. Mas também não podíamos esperar menos de Hans Zimmer, que já fez a trilha sonora de filmes como Batman Begins, Gladiador, Rei Leao, A Origem, entre vários outros.

Esta segunda parte do reboot acaba agradando muito também aqueles que sempre quiseram saber qual a ligação da Oscorp com tudo, incluindo com o passado de Peter Parker e de seu pai, ganhando boa parte da trama para esclarecer certas questões sobre Richard Parker e sua morte.

Marc Webb também acaba ousando bastante quando coloca três vilões em um só filme, apresentando suas histórias e mostrando como se transformaram em arqui-inimigos do cabeça de teia, isso exige muito por parte do diretor, que tem que ser pontual durante todo o filme para que este não se torne algo chato e enrolado demais.

Pontualidade, talvez esta palavra defina o filme, afinal, o romance do herói é bem distribuído por toda a narrativa, o conflito de Peter com o passado, tentando descobrir sobre a vida de seu pai também é algo bem singular, além das histórias de Electro, Duende Verde/Harry Osborn e Rino, tudo isso acaba sendo bem distribuído dentro de duas horas e meia de filme.

Porem, o filme deixa a desejar por parte do roteiro, que possui pequenos buracos e erros, como o fato de quando há alguma luta no meio da cidade, a população nova iorquina fica de ‘plateia’, com grades de proteção e tudo, além de partes em que monumentos destruídos minutos antes, aparecem intactos nas cenas posteriores.

Concluímos que esse novo Homem Aranha foge um pouco do padrão dos filmes heroicos pela sua trilha sonora incrível e por um romance tão profundo, características marcantes do diretor Marc Webb. Há quem prefira a primeira versão do diretor Sam Raimi, porem, mesmo esse, não podem deixar de comentar que o Espetacular de Webb ficou bem singular. Mas vale muito a pena o ingresso, e é, no mínimo, um ótimo entretenimento!


NOTA: 7,0

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