sábado, 26 de abril de 2014

Resenha - João & Maria



"Você acredita em amor impossível?" João e Maria é um livro que nasceu da união de duas mentes que trabalham em perfeita harmonia. Marcos Bulzara e Ana Paula Bergamasco, autores de gêneros dramáticos, se propuseram desta vez a criar algo totalmente diferente do que vinham apresentando. E deu certo! Além de nos embalarem em seu romance de cabo a rabo, nos fazem torcer para que um amor platônico, infantil, impossível (e fictício, infelizmente), se torne "real".

O livro todo é narrado pelos autores capítulo por capítulo com uma mudança de visão, aspecto e modo, haja visto que a divisão se dá por personagem: um capítulo é narrado por Maria e outro por João. Esse é um ponto da leitura que as vezes agrada e as vezes desagrada. Realmente a ideia de retratar "os dois lados da moeda" foi muito boa e nesse aspecto sou só elogio: cada uma das personagens tem um temperamento e um modo de "ver e viver" toda a trama, porém ao longo da leitura essa repetição de cena vai ficando cansativa, quero dizer, acaba-se lendo duas vezes o mesmo diálogo e somente os "pensamentos" e indignações das personagens é que diferem. Até a metade do livro, esse recurso caiu como uma luva pois cada um levava uma vida independente da do outro, inclusive imaginei que após o encontro e envolvimento de ambos os capítulos passassem a ser unilaterais, o que seria uma boa forma de retratar estilisticamente as estradas cruzadas, mas isso não aconteceu, gerando um pouco de decepção até.

Voltando à trama, a narrativa diz respeito a um casal jovem, com vidas totalmente opostas: João é vocalista e guitarrista de uma famosa banda de rock nacional e Maria a típica "garota fantasma" que ninguém sabe que existe até que apronte um enorme reboliço na vida de alguém. Ou de "alguéns" no caso, pois a jovem tímida, recatada e calma, que está prestes a se casar com um namorado de longa data,muito amigo, carinhoso e compreensivo (Pedro), se encontra "vitimada" por um antigo amor platônico que ressurge quando descobre que seu noivo é um grande amigo de ninguém menos que João e aí começa a bagunça, que a propósito é uma bagunça deliciosa.

Apesar da linguagem do livro ser um pouco infantil levando em consideração que a história se passa entre jovens de em média 20 anos, o clima brasileiro, a descontração e o modo como as coisas acontecem nos deixam tão à vontade, tão íntimos de tudo, que passamos a sofrer e sorrir junto das personagens. É uma leitura tranquila, gostosa e prática, um livro para se ler em um único dia e passar uma semana suspirando pelos corredores. Uma delícia. As personagens são bem descritas, bem temperamentais e muito independentes e esse misto de jovialidade com responsabilidade e compromisso é bem arrebatador. Quanto à escrita, é meio complicado detalhar.

Capa original.
O tom do texto é gostoso, porém muitas das gírias utilizadas são tipicamente gírias que adultos utilizam quando imitam os jovens e que nós mesmos não usamos. O tamanho da fonte é um pouco exagerado também e existem alguns errinhos de concordância e pleonasmo, mas nada que comprometa o conteúdo. Apesar desses pontos negativos me surpreendi -E MUITO- com o livro e me apaixonei pela simplicidade da narrativa. Mais do que aprovo, recomendo!!!



Resenha por Fernanda Souza.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sai book trailer de The One



The One, ultimo livro da série A Seleção, publicado no Brasil como A Escolha, lança seu book trailer oficial. O livro tem data lançado no Brasil em 06/05 e já está em pré-venda na Saraiva.
Confiram a resenha de A Seleção!

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sorteio - 8 pares de ingressos para Divergente


Hey! Em parceria com a Paris Filmes, o blog vai sortear para vocês 3 pares de ingressos para assistir ao filme Divergente. Demais, né?! Estou muito ansioso para assistir, e sei que vocês também, então vamos participar, quem sabe não vão assistir a esse filme que promete e ainda de graça?

O sorteio vai ser pelo Twitter e termina assim que eu tiver os ingressos em mão, então não sei ao certo quando, mas garanto que bem em breve. Participem loucamente (sem virar spam, claro) e aumentem suas chances de ganhar!

Para participar basta seguir @ViajandoNLivros no twitter, @ParisFilmes e tweetar a seguinte frase quantas vezes quiser:

Sigo @ViajandoNLivros e @ParisFilmes, dei rt e concorro a 8 pares de ingressos para assistir Divergente! 
http://sorteia.eu/2J #RT 

Resenha - Sentel York


Sentel York: gravem bem esse nome, anotem no canto da página, risquem na parede do quarto, marquem com canivetes nas árvores (mentira, não maltratem as plantas), mas que seja, não deixem que esse nome escape. Vocês ainda vão ouvir falar dele, isso porque esse é o título de um dos melhores livros que já li em toda a minha vida (e olha que eu leio bastante e tenho um gosto bem complicado) e de quebra é nacional!

O livro de autoria de Diego de Lima, é nada menos do que GENIAL. Trazido à público pela editora Dracaena, seria com certeza um campeão de vendas se os brasileiros cultivassem o hábito de ler ficção nacional ao invés de optar sempre pelos "best sellers" internacionais. A história nos remete a um mundo totalmente diferente do que conhecemos atualmente, em uma realidade alternativa daqui a muitos anos, na qual devido as guerras por poder, mantimentos e principalmente água, a população teria se reduzido de 8 bilhões de pessoas para apenas 300 mil habitantes.

Apesar de fazer referência a Nova Iorque quando retrata a única cidade "sobrevivente" como o antigo império tecnológico, desenvolvido e financeiramente poderoso, o livro traduz a incrível capacidade criadora do brasileiro que não poupou criatividade ao longo das 257 páginas mais do que bem escritas.

 Em meio ao nada, ao caos, à selvageria é que se desenvolve a trama de múltiplos núcleos que estão intrinsecamente interligados e que só esclarecem tal fato ao fim da narrativa. Com isso quero dizer que, em dado momento da História humana, existiriam três grandes imperadores, cujos poderes se davam pela posse de armamentos, água e fonte geradora de energia. Cada um habitava um território previamente delimitado mas, sem dúvidas, como seres humanos que ainda eram, desejavam ampliá-lo para que se tornassem o único imperador de toda a cidade. Bu, desejava isso apenas para garantir que seu império não caísse caso seu gerador falhasse, M não desejava todo o poder, apenas desejava também manter-se no topo, já Chacal, ambicioso, não pouparia esforços para eliminar os dois primeiros e reinar sobre toda a Terra. E para isso precisaria de Safira, uma garotinha de 10 anos que sequer imaginava porque estava sendo brutalmente perseguida.

 Diante de toda essa loucura, Eric, um ex-militar da Força, designado a sempre salvar vidas, se empenha a cuidar da menina que entra em sua vida sem mais nem menos (aparentemente) e faz com que tudo tenha sentido. Essa fagulha de esperança, de ajuda ao próximo, cumplicidade e auxílio deixa tudo mais bonito, de modo a amolecer o coração do "andarilho de cabeça branca", como era chamado pelos "cães" de Chacal.

É nesse clima de incertezas, loucuras, guerras e reviravoltas que a narrativa se estende, fazendo com que não consigamos desgrudar os olhos do livro por um instante sequer. Os capítulos são curtos, de forma que não cansam e cada um deles retrata o que se passa em um núcleo da história até que todos os caminhos se encontram na encruzilhada final. A fonte tem tamanho ideal, o corpo do texto é bem estruturado e desenvolvido, a escrita está de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico e possui apenas dois erros que não atrapalham em nada mas devem ser verificados para a próxima impressão: a falta evidente de uma palavra em um diálogo e um erro de concordância em um dos capítulos finais.
Capa completa.

A arte da capa é muito boa e retrata bem a visão do mundo criado por Diego que até agora não me abandonou e tem me mantido embasbacada por tamanho impacto e genialidade. É uma ótima leitura e também uma ótima opção para presentear para aqueles amigos que curtem a surrealidade. Me impressione demais e posso garantir que irei em busca dos outros livros do autor: O julgamento de lampião e Os guardiões do Rei Arthur.

Resenha por Fernanda Souza.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sorteio - Cidade de Vidro + Camiseta


Depois de um bom tempo sem nenhum sorteio, vamos começar agora um sorteio diferente. Além do livro "Cidade de Vidro" o ganhador também leva a camiseta da foto!Demais, né? Então bora participar! A camiseta é da loja Tshirt Swichit Store, visitem o site da loja.
O sorteio vai ser pelo rafflecopter, quem não sabe usar veja um tutorial AQUI.
O sorteio começa hoje e acaba dia 10/05.


a Rafflecopter giveaway

domingo, 6 de abril de 2014

Resenha - Quando tudo volta



Cullen Witter vive em uma cidade sem graça, onde nada acontece, ninguém liga pra nada e nunca há nada para fazer. Ele tem um irmão, Gabriel, que parece não ligar para a falta de amigos, falta de popularidade e principalmente para a falta do que fazer, pois sempre esta ocupado fazendo alguma coisa. Cullen tem apenas um amigo, Lucas, que diferente de Cullen e de seu irmão, é muito popular, tem uma namorada perfeita, um carro perfeito, a melhor personalidade e tudo mais que poderia defini-lo como o COMPLETO OPOSTO de Cullen. Mas por alguma brincadeira do destino, eles eram melhores amigos. Em um dia qualquer, outro dia tão parado e monótono quanto os anteriores, algo diferente acontece, um pássaro que há muito tempo não era visto aparece do nada. Pelo menos é isso que um homem de fora da cidade diz ter acontecido.

As pessoas começaram a “venerar” o pássaro mesmo nunca tendo visto o animal. Lanches começam a levar seu nome, cortes de cabelo e lojas, tudo girava em torno do pássaro. Mas Cullen não podia se preocupar com esse bendito pássaro que surgira na pior hora, bem quando seu irmão havia desaparecido, sem deixar vestígios. Ele poderia ter fugido ou coisa do tipo, mas ninguém além de Cullen, sua família e Lucas estavam preocupados com Gabriel, pois o assunto era o pássaro e não um garoto desaparecido.
Onde Gabriel estaria? O pássaro realmente existe? Quem é o homem que diz ter visto o pássaro? E principalmente “porque estou acordado em um mundo de pessoas que dormem”?



A escrita é extremamente detalhada, mas não de uma forma cansativa, e sim de uma forma agradável. É um livro muito fácil de ser lido, alguns termos usados são meio desconhecidos e difíceis de entender, mas mesmo assim costuma usar palavras mais simples em frases bem pensadas. É impossível não se apegar aos personagens, até aqueles que você pensa que não vai gostar, viram os seus favoritos. Existem diversas reviravoltas e momentos de tensão, onde a leitura pode te levar ao pânico!

Capa completa.
Esse é aquele livro para ler em 1 ou 2 dias, pois ele te prende em cada frase, quando se começa não se consegue parar. O autor escreve de uma forma que se enquadra para todos os públicos, mas que ira interessar mais aos jovens por se tratar de uma historia de um grupo de adolescentes. Uma leitura empolgante e emocionante, o autor sabe derramar lagrimas de seus leitores.





Resenha por Anne Bvs

terça-feira, 1 de abril de 2014

Resenha - Não Brinque com Fogo


Segundo Oscar Wild "A vantagem de brincar com fogo é que se aprende a não se queimar". Quando John Verdon deu início ao terceiro livro protagonizado pelo nosso velho conhecido Dave Gurney, sem dúvida incorporou a frase ao âmago dos pensamentos do detetive mais pirofágico da história dos suspenses. Apologias à parte, o livro trata-se de uma nova "missão de Gurney". Pra quem não conhece a trilogia, seus antecessores são: Eu sei o que você está pensando e Feche bem os olhos, também publicados pela Editora Arqueiro e de enorme repercussão, que apresentam casos policiais no maior estilo CSI e Criminal Minds.

Seguindo o estilo dos seriados, os livros são também "independentes" quer dizer, vocês podem ler um sem ler os outros dois, ainda que eu ache impossível porque esse é o tipo de suspense que te prende do começo ao fim, te faz roer as unhas, tomar muito café e comprar um distintivo falso pra ter direito a dar seu veredicto (que jamais estará de acordo com desfecho, diga-se de passagem). A história se passa em 2010, ano em que Kim, filha de uma amiga de Dave, está para se formar em jornalismo e decide se empenhar nos casos de um serial killer que se autointitula como Bom Pastor, por "separar as ovelhas negas do rebanho", para tese de conclusão do curso. Após seis assassinatos assinados por ele contendo sempre o mesmo perfil (pessoas da alta sociedade na direção, a noite, com o veículo em movimento) o criminoso deu por encerrado o seu "trabalho" que ocorreu nos anos 2000 sem jamais ter sido encontrado.

Kim mergulha num universo de pesquisas, entrevistas e mistérios no qual conta com Gurney para supervisionar. O detetive que já estava aposentado e sofrendo sérios sintomas de depressão após ter sido baleado em seu último caso, aceita fazer parte do projeto a princípio apenas para atender o pedido da amiga, porém coisas muito estranhas passam a acontecer a partir daí.
A garota que anteriormente possuía um namorado um tanto quanto dominador, passa a ser vítima de "brincadeiras de mau gosto" das quais acusa o ex pela autoria. Com o passar do tempo os acontecimentos passam a ficar mais "intensos" por assim dizer, e o detetive finalmente faz com que ela entenda que encontrar facas e sangue ao longo de sua casa não é o tipo de pegadinha que um ex incorformado faria.

Paralelamente a tais acontecimentos passam a ocorrer coisas do mesmo gênero na residência de Gurney e sua esposa, Madeleine, levando-o a dedicar-se com mais afinco no caso. Ao decorrer da trama surpreendentes reviravoltas farão com que tenham milhares de conceitos sobre os crimes, o criminoso e o próprio enredo, pois nesse livro, bem como nos outros, Verdon não deixou de expressar a profundidade do caso e do protagonista, que se mostra cada vez mais calculista. Essa é uma leitura que compensa muito, afinal dela se retira grandes ideais de autoconfiança e aceitação. Sem falar na reintegração que surge por parte da família em se tratando de esposa e filho (Madeleine e Kyle) e por parte do antigo parceiro de Dave, Jack Hardwick, quando a única maneira de solucionar o caso é fazer dele uma estratégia real, na qual o protagonista se entrega como isca para o assassino. 

Capa completa.
Apesar das personagens serem muito bem descritas, têm personalidades diferentes e marcantes, que é um dos aspectos que mais me agrada: apresentam uma identidade real. Minha única crítica é concedida à Kim. Apesar dela ser essencial para o desenvolvimento do processo de reestruturação da personagem principal, senti que ela foi, ao longo da narrativa, uma peça morta no tabuleiro. Ela não ajudava mas também não atrapalhava, não resolveu nada, não mudou nada, mas estava ali. Fora isso, sou só elogios ao livro. Me prendeu, me preencheu e me ganhou. Confiram e não se esqueçam desta máxima: JAMAIS IGNORE O ÓBVIO.



Resenha por Fernanda Souza
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